Rios e Ruas – Uma praça flutuante em Paraty
TGI - trabalho de graduação interdisciplinar, 1998, FAU-USP
Arq. Maria Rosa Almeida
orientador prof. dr. Carlos Zibel Costa
Trabalho apresentado no VII Seminário Nacional de História da Ciência e da Tecnologia da SBHC, Sociedade Brasileira de História da Ciência, em 1999

RESUMO
A Praça n’água é uma embarcação pública que se desloca pelas águas da baía e dos rios da cidade, aportando em lugares públicos através de estruturas de atracação flutuantes que são conectadas a praças e ruas da cidade. Seu espaço é de uso flexível e abriga uma praça aberta, um auditório de teatro/cinema, um bar e uma torre/mirante.
OBJETIVO
A proposta do projeto é criar uma praça em Paraty que estabeleça novas relações entre os espaços de terra e de água, estimulando e intensificando a vivência urbana e a compreensão histórica da paisagem.

Sendo um espaço de convívio social, a praça é um lugar para realização das festas que ocorrem durante o ano inteiro no município. Dessa forma, ela pode se integrar ao cotidiano dos rituais históricos de Paraty, que são, por sua vez, eventos responsáveis pela manutenção da memória coletiva, da identidade de grupo, da unidade do espaço físico e da atração turística - a maior fonte de renda do município. Durante a noite, a praça flutuante funcionará como um cinema aberto, exibindo inclusive a produção da televisão educativa local, a ECO-TV. O espaço da praça servirá também para a realização de apresentações musicais e teatrais e para atividades especiais das escolas locais, como aulas práticas e palestras.

A PRAÇA NA CIDADE
O principal ponto de atracação da barca é a praça da pista de pouso, um local de importância extrema para a cidade porque faz a transição duas localidades distintas: a cidade histórica preservada e a Ilha das Cobras. A primeira, de fama internacional, grande atrativo turístico, e a segunda, a periferia urbana, formada recentemente por causa da valorização das terras litorâneas e a consequente migração da população caiçara, para a cidade.
O espaço urbano da Ilha das Cobras é marcado pela influência do modo de vida caiçara e pela intenso convívio coletivo nos espaços públicos. A integração dos percursos terrestres já existentes com os flutuantes dinamiza a vivência e a percepção do ambiente urbano, ao criar uma nova e mais aberta relação entre os espaços da cidade e de evidenciar significados históricos contidos no contato desta com a água.

A EMBARCAÇÃO
O projeto propõe a reforma de uma “Cantareira” - uma barca utilizada como transporte público na travessia entre Rio de Janeiro e Niterói.
Programa de necessidades do projeto:
praça
auditório para 90 pessoas com sala de projeção, tela e platéia
bar com balcão para 42 pessoas
torre com palco e mirante
sanitários
elevador para acesso de portadores de necessidades especiais à platéia
cabine de comando

O objetivo do trabalho surgiu da necessidade de compreensão da produção e da apropriação dos espaços pela comunidade e pelo arquiteto. O trabalho começou com a pesquisa de uma fração da arquitetura popular brasileira, a arquitetura caiçara, a fim de relacionar os aspectos históricos e culturais `as tecnologias e configurações do espaço produzido e para embasar e subsidiar uma proposta de intervenção arquitetônica.
Escolheu-se o município de Paraty, no Rio de Janeiro, como área de estudo, em função de sua riqueza cultural e da integração da arquiteta, na época estudante, com o “Projeto de recuperação do cais de Paraty e revitalização de seus espaços públicos de borda d’água”, desenvolvido pelo arquiteto Mauro Munhoz, com quem a arquiteta trabalhava na época.
O "Projeto de recuperação do cais de Paraty e revitalização de seus espaços públicos de borda d’água" deu origem em 2003 à FLIP, Festa Literária Internacional de Paraty, que é realizada desde então na cidade.
http://www.casaazul.org.br/casa-azul/leitura-territorial/
http://www.casaazul.org.br/projetos/flip/



TGI - trabalho de graduação interdisciplinar, 1998, FAU-USP
orientador prof. dr. Carlos Zibel Costa
Trabalho apresentado no VII Seminário Nacional de História da Ciência e da Tecnologia da SBHC, Sociedade Brasileira de História da Ciência, em 1999

RESUMO
A Praça n’água é uma embarcação pública que se desloca pelas águas da baía e dos rios da cidade, aportando em lugares públicos através de estruturas de atracação flutuantes que são conectadas a praças e ruas da cidade. Seu espaço é de uso flexível e abriga uma praça aberta, um auditório de teatro/cinema, um bar e uma torre/mirante.
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A proposta do projeto é criar uma praça em Paraty que estabeleça novas relações entre os espaços de terra e de água, estimulando e intensificando a vivência urbana e a compreensão histórica da paisagem.

Sendo um espaço de convívio social, a praça é um lugar para realização das festas que ocorrem durante o ano inteiro no município. Dessa forma, ela pode se integrar ao cotidiano dos rituais históricos de Paraty, que são, por sua vez, eventos responsáveis pela manutenção da memória coletiva, da identidade de grupo, da unidade do espaço físico e da atração turística - a maior fonte de renda do município. Durante a noite, a praça flutuante funcionará como um cinema aberto, exibindo inclusive a produção da televisão educativa local, a ECO-TV. O espaço da praça servirá também para a realização de apresentações musicais e teatrais e para atividades especiais das escolas locais, como aulas práticas e palestras.

A PRAÇA NA CIDADE
O principal ponto de atracação da barca é a praça da pista de pouso, um local de importância extrema para a cidade porque faz a transição duas localidades distintas: a cidade histórica preservada e a Ilha das Cobras. A primeira, de fama internacional, grande atrativo turístico, e a segunda, a periferia urbana, formada recentemente por causa da valorização das terras litorâneas e a consequente migração da população caiçara, para a cidade.
O espaço urbano da Ilha das Cobras é marcado pela influência do modo de vida caiçara e pela intenso convívio coletivo nos espaços públicos. A integração dos percursos terrestres já existentes com os flutuantes dinamiza a vivência e a percepção do ambiente urbano, ao criar uma nova e mais aberta relação entre os espaços da cidade e de evidenciar significados históricos contidos no contato desta com a água.
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A EMBARCAÇÃO
O projeto propõe a reforma de uma “Cantareira” - uma barca utilizada como transporte público na travessia entre Rio de Janeiro e Niterói.
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Cantareira / travessia Rio-Niterói (autoria foto Sérgio Gomes) |
Programa de necessidades do projeto:
praça
auditório para 90 pessoas com sala de projeção, tela e platéia
bar com balcão para 42 pessoas
torre com palco e mirante
sanitários
elevador para acesso de portadores de necessidades especiais à platéia
cabine de comando
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O objetivo do trabalho surgiu da necessidade de compreensão da produção e da apropriação dos espaços pela comunidade e pelo arquiteto. O trabalho começou com a pesquisa de uma fração da arquitetura popular brasileira, a arquitetura caiçara, a fim de relacionar os aspectos históricos e culturais `as tecnologias e configurações do espaço produzido e para embasar e subsidiar uma proposta de intervenção arquitetônica.
Escolheu-se o município de Paraty, no Rio de Janeiro, como área de estudo, em função de sua riqueza cultural e da integração da arquiteta, na época estudante, com o “Projeto de recuperação do cais de Paraty e revitalização de seus espaços públicos de borda d’água”, desenvolvido pelo arquiteto Mauro Munhoz, com quem a arquiteta trabalhava na época.
O "Projeto de recuperação do cais de Paraty e revitalização de seus espaços públicos de borda d’água" deu origem em 2003 à FLIP, Festa Literária Internacional de Paraty, que é realizada desde então na cidade.
http://www.casaazul.org.br/casa-azul/leitura-territorial/
http://www.casaazul.org.br/projetos/flip/



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